Há seis anos atrás um ministro da defesa do governo PS lembrava-se de dar uma pensão na ordem dos 120 contos, (sim na altura ainda eram contos) a todos os antigos prisioneiros de guerra Portugueses, excepto as viúvas que receberiam um pouco menos. Só que com a incompetência típica dos socialistas, que parece já algo esquecida, apareceram a reclamar a pensão muitos mais prisioneiros que aqueles que o governo esperava, ou seja, eles iam dar uma pensão sem sequer saberem quantos seriam os beneficiários. Bem estava criado o problema o governo publicara uma lei que não tinha dinheiro para a cumprir. Como se não bastasse foi pior a emenda que o soneto, e a solução passaria por não considerar os prisioneiros da Índia e Timor, prisioneiros de guerra, mas antes acantonados, logo, não teriam qualquer direito à pensão. É óbvio que estes prisioneiros não gostaram da desconsideração, associaram-se e depois de terem lutado no campo de batalha tiveram de partir novamente para outra luta, desta vez com o todo poderoso estado Português.

 Felizmente para a nação o governo mudou, outro Ministro da Defesa tomou posse e desde logo tomou o compromisso de arranjar uma solução, entre vários episódios neste processo o ano passado o Estado Português assumiu os antigos prisioneiros, como antigos prisioneiros, dando-lhes uma medalha por serviços relevantes prestados à Nação, medalha essa que guardo com grande estima, e finalmente as pensões começaram a ser pagas, não com os tais 120 contos que nunca apareceram, mas num valor de 100 euros igual para prisioneiros e viúvas. Podemos dizer que acabou a trapalhada!