Estava a toa na vida, o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
A minha gente sofrida, despediu-se da dor
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro, parou
O faroleiro que contava vantagens, parou
A namorada que contava as estrelas,
Parou para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada, sorriu
A rosa triste que vivia fechada, se abriu
A meninada toda se asanhou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Qu'inda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida, surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto, o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar, depois que a banda passou
E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor
Depois da banda passar, cantando coisas de amor
P'la janela
mal fechada
entra já a luz do dia
Morre a sombra
desejada
duma esperança fugidia
Foi uma
noite sem sono
Entre saliva e suor
Com um travo
de abandono
e gosto a outro sabor
Diz-me até amanhã
que tem de ser que te vais
Só que amanhã sabes bem
é sempre longe demais
P'la janela
mal fechada
chega a hora do cansaço
Vai-se o tempo desfiando
em anéis de fumo baço
Acendo mais um cigarro
Invento mil ideais
Porque amanhã sei-o bem
é sempre longe demais
Lisboa, 14 de Julho de 2005
Chegamos ao final do ano lectivo. Este foi um ano diferente no INP – Instituto Superior de Novas Profissões, pela primeira vez ao fim de alguns anos, temos uma AE (Associação de Estudantes).
O processo não foi fácil e as dificuldades foram muitas, aproveito obviamente para congratular os vencedores assim como todos aqueles que demonstraram coragem de ir em frente nesta espinhosa tarefa.
Porém, decorrido este tempo após o acto eleitoral, tempo esse que considero suficiente para que houvesse uma habituação dos eleitos aos cargos, começo a sentir algumas preocupações para as quais não encontro resposta. Escrevo aqui porque em virtude de até ao momento não ter decorrido nenhuma assembleia de alunos, não tive oportunidade de o fazer publicamente no local próprio.
A verdade é que não encontro na AE as mesmas preocupações relativas a um conjunto de problemas que enfrentamos na preparação do próximo ano lectivo.
Em primeiro lugar, começa a ser perturbante a fraca adesão de alunos que se prevê virem entrar para o INP no próximo ano. Fruto de uma série de circunstâncias, como a deslocação das instalações do centro da cidade, a inexistente promoção do INP, o aumento de propinas entre outros factores como a baixa taxa de natalidade do país ao longo dos anos que se começa a reflectir no ensino superior, colocam em perigo a sobrevivência da instituição e dos seus cursos. Isto deve obviamente preocupar os alunos, pois o seu curso terá tanta mais força, quanto mais forte for a universidade em que estudam. Quanto à AE desconheço qualquer posição oficial sobre o assunto.
Outro problema é a constante incerteza e insegurança no que concerne ao corpo docente do Instituto. É impossível ter estabilidade e reputação quando ninguém sabe qual é o projecto educativo e quais são os objectivos para o futuro, nem tão pouco como os atingir. Também aqui desconheço as diligências feitas pela AE.
Se é verdade que à AE cabe defender os interesses dos alunos, esses interesses são também económicos, e a verdade é que também aqui os alunos têm pago e continuarão a pagar muito mais, porém o serviço que lhes é prestado não tem melhorado!
Não direi que a AE não tem feito nada, porém prometeu defender a identidade e autonomia do INP e logo nas primeiras acções juntou a sua imagem à AE do ISG. Prometeu defender os alunos, mas preocupa-se mais com festas e comissões de praxes do que com a reestruturação dos cursos e a falta de alunos para praxar.
Se é verdade que é preciso equilibrar as coisas internamente para que a associação possa trabalhar, também é verdade que de nada serve ter uma AE com as contas em dia, se depois nada se fizer.
Espero que este cenário mude rapidamente, e que possamos ter todos umas óptimas férias.
Atentamente
Tiago Antão
RPP2A
Sua boca na minha
Seus olhos fechados são
O meu maior momento dito em silêncio
Sua pele suave
Sua mão que passeia em mim
Igual o vento toca as gotas de orvalho
Mil motivos pra te amar Cristina
Quanto tempo eu procurei Cristina
O dia invade meu quarto nem percebi
Que as horas que passamos foram segundos
Mil motivos pra te amar Cristina
Quanto tempo eu procurei Cristina
Se às vezes eu me calar
Tentando me encontrar
Não ligue oh não
É medo de perguntar
Se o amor que você me dá
É hoje o meu futuro ou pode me machucar
Mil motivos pra te amar Cristina
Quanto tempo eu procurei Cristina
Cristina te amo.